quinta-feira, 14 de maio de 2009

Espiritualidade e Doenças Crónicas

“Promover a capacidade das comunidades para a promoção da saúde requer educação, formação para a liderança e acesso aos recursos. A capacitação dos indivíduos exige o acesso mais real e consistente ao processo de decisão, assim como exige a aquisição de competências e de conhecimentos essenciais, para uma efectiva mudança.
Os meios de comunicação tradicionais e as novas tecnologias devem contribuir para este processo. É necessário utilizar os recursos sociais, culturais e espirituais, em prol da saúde, de forma inovadora.” (Carta de Jacarta; 1997)

Festas do Espírito Santo, são festas comuns a todas as ilhas, embora divergindo em alguns pormenores de ilha para ilha e até dentro da própria ilha. Á volta de cada ilha todas as freguesias têm uma capela, chamada "Império", com a respectiva irmandade. São consideradas as festas religiosas mais características de toda a etnologia insular.
O Espírito Santo aparece ligado ás mais diversas situações de aflição,e, daí os votos e as promessas que lhe são confiadas.
Á noite parentes e amigos juntam-se para rezar o terço, junto a um altar construído por familiares e amigos.
Esta semana de 10 a 17 de Maio, no Centro de Convívio de São Bartolomeu, foi dedicada ao Espírito Santo. Nestes dias por volta das 21h, familiares e amigos juntam-se para vir rezar o terço. Foi preparado na semana anterior um altar pelo grupo de Idosos daquele convívio, bem como alguns convites que foram distribuídos pela população.
Para cada dia, antes de rezar o terço foi convidado um prelator e abordada uma temática.



Foi com agrado que aceitei o convite para abordar um tema. Para uma época tão espiritual, achei que seria oportuno relacionar a espiritualidade com a doença.




Abordei o tema "Espiritualidade e Doenças Crónicas", porque à medida que avançamos na nossa idade a probabilidade de surgir uma doença crónica é maior. A relação com o aspecto psicológico ou espiritual pode ser vantajoso para suportar a doença em momentos de crise, tendo uma atitude de maior aceitação e tolerância perante a mesma.

Os estudos têm demonstrado que as origens do risco de muitas doenças crónicas começam na infância ou mesmo antes, quando somos gerados ou quando a nossa mãe nos transporta e que este risco é influenciado por factores socio-económicos e pelas experiências ao longo da vida. As doenças que mais frequentemente afectam as pessoas idosas, por muito que tenham a maior probabilidade de se manifestar e agravar com a idade, não são específicas deste grupo etário. Ou seja a idade não é o único factor de risco, existe outros, a alimentação, tabaco, sedentarismo, etc. Assim foi possível dentro das doenças crónicas, salientar a importância da toma da medicação e referir um aspecto importante no processo religião-doença. A pessoa ao vivenciar a doença, depara-se com situações limite e o fenómeno religioso assume o papel de facilitar a compreensão do inexplicável e a aceitação do antes impensável.









No fim da apresentação foi com muita emoção que recebi um quadro elaborado pelo grupo de convívio, que secretamente tinham preparado para mim. Perante esta surpresa agradável achei que quem deveria ser premiada pelo o trabalho que está sendo desenvolvido naquele grupo seria a Srª Natal. Esta Srª merece um lugar de destaque, pois muito trabalho que aparece feito e não é visto, é realizado em alturas que cada um deste grupo, se encontra no conforto do seu lar. Para ela vai o meu grande agradecimento de ter sido possível realizar algum trabalho com os Idosos daquele grupo.






Sem comentários: