segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Vacina Gradasil posta em causa por Médicos de saúde Pública

GARDASIL: POSTA EM CAUSA POR MÉDICOS DE SAÚDE PÚBLICA
Segunda, 23 Fevereiro 2009 09:45
Autoridades garantem segurança da vacinaO presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública põe em causa a pertinência, para algumas adolescentes, da inclusão da Gardasil no Plano Nacional de Vacinação. O médico duvida ainda da relação custo/eficácia. Mário Jorge Santos refere ainda o facto de a vacina não criar imunidade de grupo por, não estarem a ser vacinados nem os rapazes nem os adultos, e de não ter a capacidade de erradicar a doença, uma vez que há cancros do colo do útero que não são de origem viral.Em Espanha, a polémica sobre a vacinação contra o vírus que provoca cancro do colo do útero reacendeu-se nos últimos dias, com a divulgação de um manifesto a pedir a sua suspensão assinado já por mais de oito mil pessoas, entre as quais mais de metade dos especialistas em saúde pública do país. Motivo: os signatários consideram duvidosa a relação custo/eficácia da vacina e alegam que não está totalmente provada a sua segurança.m Portugal não há notícia de um movimento semelhante. Mas o presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, Mário Jorge Santos, contesta também a pertinência da inclusão da Gardasil no Plano Nacional de Vacinação para algumas adolescentes e põe igualmente em causa a relação custo/eficácia.Em Espanha, o manifesto foi promovido pelo Centro de Análise e Programas Sanitários, associação científica sem fins lucrativos, que questiona a decisão de iniciar a vacinação apesar das dúvidas existentes sobre a sua capacidade para prevenir um número "sanitariamente relevante" de mortes por cancro do colo do útero. E os ensaios "não permitiram ver o seu efeito na prevenção do cancro, que pode demorar anos a desenvolver-se", alegam os signatários, que põem em causa ainda os custos associados à vacina, estimados em quatro mil milhões de euros, em 30 anos. ublinhando que fala em nome individual, Mário Jorge Santos nota também que a eficácia desta vacina apenas se verificará daqui a 20/30 anos e enfatiza o facto de não criar imunidade de grupo por "não estarem a ser vacinados nem os rapazes nem os adultos" e de não ter a capacidade de erradicar a doença, uma vez que há cancros do colo do útero que não são de origem viral. "Preocupa-me ainda a sustentabilidade financeira" da vacinação a longo prazo, acrescenta. Uma posição que, garante, não tem nada a ver com as reacções adversas noticiadas nos últimos dias, reacções essas que eram expectáveis tendo em conta o elevado número de jovens vacinadas.Depois de ter sido divulgado o número de reacções adversas conhecidas em Espanha - 103, 35 das quais graves - e em Portugal - 21, 14 delas graves, mas sem obrigar a internamento -, tanto a autoridade nacional do medicamento (Infarmed) como a agência europeia do medicamento (EMEA) se apressaram a desdramatizar a situação.O Comité de Medicamentos de Uso Humano da EMEA concluiu mesmo que é improvável que os casos que implicaram a hospitalização de duas jovens em Espanha estejam relacionados com a vacina e frisou que os benefícios continuam a superar os riscos. Em Portugal, desde 2006, foram já distribuídas 270 mil embalagens da vacina.
Fonte: Público

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